As vendas diretas estão em evidência. No primeiro semestre de 2009, cresceram 18,3% em relação ao mesmo período do ano passado, o equivalente a R$ 9,586 bilhões. Foi o que revelou a Associação Brasileira de Vendas Diretas (ABEVD). Descontada a inflação do período, o crescimento real obtido foi da ordem de 12,8%, o que aponta para o vigor que o setor mantém, mesmo no período da crise. Com esses números, não é à toa que o Brasil venha se destacando como um dos mercados mais potentes, incentivando empresas nacionais de outros segmentos a investirem em operações de vendas diretas e despertando o interesse de companhias estrangeiras.
Com esse fator motivacional, que impulsiona o revendedor a recrutar novos profissionais e a treiná-los em troca de participação de lucros, ele se torna um verdadeiro empreendedor. Quanto mais trabalho, maior o ganho. Em vista desse ganho, é cada vez maior o número de pessoas que percebem a oportunidade de renda complementar ou até mesmo passam a se dedicar integralmente às vendas diretas, inclusive trocando carreiras tradicionais. Para as empresas que chegam, é importante dar foco especial ao treinamento de multiplicadores que, posteriormente, treinarão os demais membros da rede e assim sucessivamente. Quando você expõe sua marca por meio de uma rede de revendedores autônomos, afinal, há de se zelar pela apresentação correta do produto ou serviço e pela forma como a informação será passada, lá na ponta, para o consumidor final.
Marcelo Zalcberg é vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD)